Baixinha invocada

E você, já ouviu falar do Grumpy Cat?

Tardar é uma gatinha peculiar. Ela virou sensação há cerca de dois meses, depois de ter uma foto sua postada no site Reddit (afinal, como você deve lembrar, a internet é feita de gatos). A princípio, pode paracer montagem – mas essa é mesmo a expressão da filhotinha. Tardar é uma snowshoe siamês que ficou assim por nascer de um acasalamento consanguíneo (alô, criadores!).

O site oficial do bichano explica o seguinte: “A genética pode não ser a única razão da careta permanente de Tardar. Ela não tem a coordenação de um gato comum, então é compreensível que se irrite com isso. Ela gosta de ficar no colo e ganhar carinho de vez em quando, mas ser o bichinho de uma criança de 10 anos pode deixar qualquer um invocado.”

Apesar do início triste, pode ficar tranquilo: a bonitinha é muito amada e já tem uma legião de fãs. Se quiser se divertir com o meme, aqui tem vários exemplos de tiradas com a carinha amarrada da Tardar.

Fontes: The Official Grumpy Cat e Know Your Meme

 

Papo de Gato Analisa I

Nessa curta trajetória do blog, o post que – de longe – mais rendeu visitas foi o que apresentou o artigo da Dra. Karen Becker sobre os tipos de alimentação para gatos e cães. Hoje não tem tradução, mas o assunto volta a ser comida: com a ajuda de Renoir e Toulouse, embaixadores do Papo de Gato, o blog estreia a seção de resenhas com a análise da refeição cozida da marca Pet Delícia.

O sono de beleza de Renoir consome 22 horas diárias

Para começar, um pouco sobre a empresa: baseada em Copacabana, na Zona Sul do Rio de Janeiro, a Pet Delícia começou onde muitos tutores enxergam um impasse. Trocando em miúdos, como agir com um cão que fica com cara de desinteresse diante de um prato de ração? Em vez de mudar a marca ou o sabor do que ofereciam, o sueco Jorgen e a carioca Roberta decidiram investir em uma alimentação caseira para os dois bichinhos da casa.

Diante dos lamentos de conhecidos que queriam fazer o mesmo, mas não tinham tempo de ficar na cozinha, a dupla decidiu transformar a preparação dos alimentos em negócio. Buscaram ajuda de especialistas em nutrição animal da UNESP (Universidade Estadual de São Paulo) para garantir que não faltaria nada na mistura.

E aí você me pergunta: por que é que uma empresa que cuida de “comida de cachorro” vai ganhar espaço em um blog sobre gatos?

Questionador, Tutu questiona essa mesma questão

Guarde sua cara de superior, Tutu. A Pet Delícia começou por conta dos totós, mas percebeu que dono de gato também é gente. Apesar de a linha para cães ser bem mais variada, o ranguinho felino é digno. Mas chega de lero-lero: vamos logo para a análise da refeição.

Visual da embalagem

ASPECTOS TÉCNICOS

Primeira informação relevante: o pacotinho vem congelado, e deve ser mantido assim até a comida ser servida. Para descongelar, é possível deixar na parte baixa da geladeira (com antecedência de 24h), utilizar o banho-maria ou – opção menos favorita – partindo para o microondas. Sim, hoje em dia é complicado abrir mão da praticidade do microondas, mas: 1) ele esquenta qualquer coisa de maneira desigual. O resultado é que você pode achar que a comida está morninha e, por baixo, ela estará pelando de quente – e quem vai descobrir isso, da pior maneira possível, é o bichinho na hora em que queimar a boca. Além disso, 2) ninguém sabe muito bem quais são os efeitos reais do uso contínuo das microondas; por isso, melhor fazer as coisas da maneira antiga.

A embalagem (bem simpática, por sinal) tem 450g de uma mistura de peito de frango, ovos, moela de frango, coração de frango, fígado de frango, cenoura, ervilhas, abobrinha, brócolis, cloreto de sódio, carbonato de cálcio, óleo de girassol, algas marinhas, premix mineral orgânico e premix vitamínico – algo muito, mas muito importante. O cozimento destrói a taurina – aminoácido fundamental na saúde dos olhos dos bichanos – e, quando a comida passa por algum tipo de processamento, essa substância precisa ser reposta.

E uma última informação técnica: o tamanho das porções varia de acordo com o peso do gato e, na tampa, há uma tabela para que o tutor se guie sem dor de cabeça.

APARÊNCIA

Comida no prato

O que dá para perceber pela foto: a comidinha tem um aspecto de carne de soja moída. Pode não soar muito apetitoso, mas eu juro que isso não é um demérito!

O que não dá para perceber pela foto: o cheirinho bem gostoso que vem da comida. De perto, a gente também nota os pedacinhos de vegetais e gema que fazem parte da composição do produto.

REAÇÃO DOS BICHANOS

Fica feio se, depois de tudo isso, eu disser que eles não amaram?

Mas foi o que aconteceu. Veja bem: ninguém detestou, ninguém se recusou a comer. Só não gamaram. Renoir foi o que mais deu trabalho: na primeira oferta, mandou tudo para a barriga; nas seguintes, foi se fazendo de difícil, até chegar em um ponto de ridículo quase vexatório. Mesmo sem enconstar na própria tigela, ele ia cheirar a comida do Tutu; a vasilha então foi trocada de lugar – como a grama dos outros é mais verde, foi o suficiente para resolver a pseudo-inapetência.

Outra coisa que não funcionou muito bem foi a recomendação de quantidade. Apesar de esbeltos, Renoir e Tutu pesam em torno de 5kg (de puro músculo) e deveriam consumir 90g a cada refeição*. Mas eles não se interessaram por tanta comida e a porção foi sendo diminuída para se adequar ao que eles comiam de fato.

* Recomendação da embalagem: gatos de 4kg a 6kg consomem de 215g a 325g; na média, 270g para um gato de 5kg. Divido em 3 porções diárias, 90g/gato

PRÓS

Praticidade – não vamos comparar com a ração seca, já que não existe nada mais simples do que abrir um saco. Mas, dentro do grupo dos alimentos de qualidade que você pode oferecer, a comida cozida é bem tranquila. Ao contrário da alimentação crua, que demanda tempo e esforço, basta descongelar e oferecer ao gatinho nos horários das refeições.

Sabor – não, nenhum humano envolvido nesse teste provou da comidinha. Mesmo assim, o aroma é notável desde o momento em que se abre a embalagem. Isso é motivo suficiente para imaginar que o gosto é nota 10.

Adição de vitaminas – como dito antes, o cuidado com a adição de taurina e outras substâncias importantes para o bem-estar felino é prova de que existe um cuidado bacana da empresa em oferecer o melhor produto possível.

Sem cereais – Afinal de contas, gatos não digerem carboidratos. Além disso, 60% de proteínas nobres é uma bela procentagem.

CONTRAS

Custo – o preço não é absurdo, apenas acima da média do que as pessoas gastam. Matemática simples: seguindo estritamente a recomendação da tampa, uma bandeja de 450g é suficiente para alimentar um gato de cerca de 5kg por 2 dias (a conta está lá em cima, ó pá!). Nos lojas em que encontrei a refeição, cada uma saía a R$ 10. No final de um mês, o impacto no orçamento é considerável: R$ 150 para apenas um bichaninho.

Quando comiam ração super premium, Tutu e Renoir levavam dois meses para acabar com um saco de 7,5kg de R$ 138; hoje, com a AN, o gasto é de R$ 80/mês para alimentar os dois. Entretanto, se você não tem esses dramas pequeno-burgueses com dinheiro e está disposto a dar uma comidinha de qualidade para seu filhote, siga em frente!

Mais do mesmo – refeição gostosa, cheirosa e… repetitiva. Infelizmente, a comida cozida da Pet Delícia para os gatos não tem variedade. Essa é uma das premissas da AN que Renoir e Tutu adoram. Na dieta deles entra carne bovina, frango, peixe, porco – tudo junto e misturado de maneira equilibrada. Um prato só com frango, além de não estimular o paladar, fica restritivo do ponto de vista nutricional.

Não é onipresente – Não que seja culpa da marca: a pressão do consumidor é que faz os comerciantes se mexerem. Infelizmente, porém, as cidades atendidas pela Pet Delícia ainda são poucas se considerarmos o tamanho do Brasil. Por enquanto, você, caro leitor, pode adquirir sua comida cozida no Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Brasília, Porto Alegre e Florianópolis.

CONCLUSÃO

Apesar de não ter virado hit com Renoir e Tutu e de ter suas falhas, a refeição cozida é uma iniciativa maravilhosa da empresa. Quem busca formas de cuidar dos bichinhos com o respeito merece todos os aplausos.

Para finalizar, um lembrete importante: assim como nós, outros animais (de estimação ou não) têm suas preferências – aquilo que alguns chamam de personalidade, mas que também pode ser visto de maneira menos romântica como paladar. Ele não vem padronizado de fábrica, e aquilo que não funcionou bem para nossa dupla dinâmica pode ser a salvação da lavoura na sua casa. O Papo de Gato valoriza a própria análise, mas encoraja os leitores a fazerem suas experiências – e a dividirem conosco. :)

Ressalva: se você oferece ração seca para o seu bichano e quer trocar para a comida cozida, não esqueça de fazer isso gradualmente. O site da Pet Delícia tem a indicação de proporção para introduzir a nova alimentação aos pouquinhos.

De grão em grão

Já não era sem tempo! O primeiro hospital público para cães e gatos no Brasil vai sair do papel e inicia as atividades em breve em São Paulo. O local vai funcionar como escola com cursos de especialização veterinária e, também, como unidade de referência para os animais de famílias de baixa renda. Papo de Gato acha lindo e quer que isso comece a se disseminar por outras cidades desse Brasilzão de meu Deus. :)

Mais informações aqui, ó.

Miados na estante

O Papo de Gato tem uma paixão por livros, sabe?

E, ainda bem, é cada vez maior a oferta de literatura sobre felinos. São enciclopédias especializadas nas diversas raças, biografias de bichanos famosos, guias para (ao menos tentar) adestrar nossos amiguinhos. Nesse mundo de opções, uma das mais completas é assinada pelo veterinário Bruce Fogle e publicada por aqui sob o título de Guia Ilustrado Zahar.

“Certo, certo. Mas eu gostaria mais se soubesse ler” (crédito: funnycatsite.com)

Canadense radicado em Londres, membro honorário de associações veterinárias no Japão, Noruega e Espanha, o dr. Fogle reúne os mais diversos tipos de informação na obra. Dividido por temas, o livro traça um histórico da evolução dos gatos domésticos desde os primórdios selvagens; mostra a importância deles nas diversas manifestações culturais; apresenta raças – sem esquecer dos SRD, claro; e dá dicas preciosas sobre como cuidar do predador que você tem em casa.

Apesar de não ser um guia médico completo, uma parte das 320 páginas do livro é dedicada aos cuidados de saúde: lesões, problemas de pele e sistema urinário, por exemplo, estão lá. O dr. Fogle não esquece nem de ressaltar a atenção especial que deve ser dispensada aos velhinhos, com instruções e informações para cuidar dos gatos que chegaram à terceira idade.

Quer garantir seu exemplar? Além de livrarias físicas, você também pode encontrá-lo em lojas online como Submarino e Saraiva.

[ATENÇÃO: Este não é um post pago. O Papo de Gato só indica aquilo de que realmente gosta <3]

Fome de que?

Debater a qualidade do que a gente come já não é novidade na vida dos humanos – pense em quantas vezes você ouviu a frase “a boa alimentação é a base de uma vida saudável” nos últimos tempos. O bacana é que está sendo cada vez mais comum falar sobre o impacto do que é servido no prato dos nossos companheiros.

Comer, comer: o melhor para poder crescer                           (crédito: Vetrecommendedcatfood.com)

O assunto é polêmico (principalmente quando envolve a opinião de veterinários), mas a verdade é que existem várias opções para a nutrição dos pets – das rações comerciais às terapêuticas, passando pela alimentação natural. O Brasil ainda engatinha no assunto, e por isso mesmo é importante divulgar a informação, suscitar o debate e ampliar a gama de conhecimento disponível.

Para contribuir com isso, o Papo de Gato traz um artigo bastante instigante da veterinária norte-americana Karen Becker. Ela faz uma lista de 13 tipos de comida que os donos podem oferecer – e as classifica, das melhores às piores. Quem tem um bom domínio da língua inglesa pode assistir ao vídeo original aqui. E, se você não é muito íntimo do idioma, pode ler a íntegra do texto abaixo. A tradução é minha, mas vale a pena frisar que o material não é de minha autoria: o texto original foi escrito e é de responsabilidade da Dra. Karen.

13 Alimentos para animais de estimação – dos incríveis aos terríveis …

Um assunto pelo qual os leitores da HealthyPets e os clientes da minha clínica veterinária se interessam bastante é o tipo de alimentação que eles devem oferecer a seus cachorros ou gatos para garantir a saúde deles.

Então, atendendo a pedidos, o vídeo de hoje fala das minhas recomendações quanto às melhores e piores dietas que você pode dar a seu bichinho.

Essas são as 13 categorias no meu ranking, e o que você oferece vai se encaixar em alguma delas.

Se a dieta que você está oferecendo a seu cão ou gato acabar se encaixando em uma das categorias de baixa qualidade, não quero que você se culpe por isso.

De maneira geral, pessoas que dão a seus animais uma dieta de má qualidade fazem isso ou porque não têm condições financeiras de oferecer uma alimentação melhor, ou simplesmente porque não sabem o que garante uma boa nutrição para seus bichinhos.

Se você descobrir que seu amiguinho peludo está comendo do pior dessa lista, estabeleça uma meta de melhorar a qualidade da comida, agora que você já sabe a diferença ou quando você tiver a chance de comprar um produto de uma marca mais nutritiva.

Repito: a alimentação escolhida por qualquer pessoa estará em uma dessas categorias. Eu incentivo você a descobrir em que classificação está a comida que você está oferecendo – e, a partir daí, correr atrás para melhorar isso, oferecendo uma alimentação mais nutritiva e apropriada para a espécie que você tem em casa.

Comida pode curar ou prejudicar

Por ser uma veterinária pró-ativa, interessada em garantir a saúde dos meus pacientes naturalmente, sempre encorajo os donos a avaliar a dieta de seus bichinhos, porque a alimentação é a base sobre a qual uma boa – ou má – saúde é estabelecida.

É importante compreender que a comida tem a capacidade de curar ou de prejudicar seu animal, dependendo do tipo e da qualidade da nutrição que você oferece a ele.

O primeiro fator que você deve avaliar é se o que o seu cão ou gato está comendo é apropriado para a espécie.

Uma dieta apropriada a essas espécies contém muita proteína de boa qualidade, assim como umidade. A proteína é necessária porque tanto cães quanto gatos são carnívoros.

Comida de alta umidade é uma exigência para prevenir disfunções orgânicas, incluindo falência renal. Cachorros e gatos são feitos para ingerir comida com aproximadamente 70% de umidade, que é o que uma dieta a base de ratos e coelhos ofereceria se o seu animal caçasse a própria comida.

Se você só oferece ração seca, ele está ingerindo apenas 12% de umidade – contra os 70% de que o corpo dele precisa. Isso é especialmente prejudicial para os gatos, porque eles não suplementam a ingestão de umidade bebendo grandes quantidades de água como fazem os cães.

Animais que comem ração seca vivem em um estado de desidratação leve e crônica que, ao longo do tempo, pode provocar uma sobrecarga considerável em seus organismos.

A nutrição apropriada a essas espécies não contém muito amido, também conhecido como grãos ou carboidratos. Milho, trigo, arroz e soja são encontrados na maioria das rações comerciais processadas, mas seu cão ou gato não tem necessidade biológica de ingeri-los.

Eu recomendo que você siga as leis da natureza em relação à alimentação de seu animal de estimação – o que significa dar o que o corpo dele precisa e eliminar os ingredientes que não oferecem nutrientes.

Além de apropriada, a dieta do seu bichinho também precisa ser balanceada. E quando eu digo balanceada, me refiro à comida que contém todas as vitaminas, minerais e outros nutrientes que seu cão ou gato precisa.

Isso não é algo que dê para você “chutar” – precisa ser garantido através de análises.

Equilíbrio nutricional é de importância vital porque os problemas de saúde vão se desenvolver muito mais rápido no seu cão ou gato do que aconteceria com você. Um filhote com nutrição deficiente pode acabar com sintomas óbvios de problemas ósseos e degeneração orgânica antes dos seis meses de idade.

Um animal mais velho pode desenvolver uma deterioração orgânica, que representa um risco de vida – além de muitos outros sintomas não óbvios –, em um período de um a três anos de alimentação não balanceada e deficiente.

A lista das melhores e das piores comidas

1. Uma dieta crua, balanceada e caseira é a melhor alimentação que você pode oferecer a seu cão ou gato. É nutricionalmente equilibrada se você estiver seguindo receitas como as que estão no livro do qual eu sou co-autora, “Real Food for Healthy Dogs and Cats” (“Comida de Verdade para Cães e Gatos Saudáveis”).

Estar crua significa que a comida não sofreu alteração e ainda contém todas as enzimas e nutrientes que normalmente são destruídos durante o cozimento e outros tipos de processamento.

Ser caseira é a melhor opção porque você tem total controle sobre a qualidade dos ingredientes na dieta do seu bichinho.

Eu recomendo que haja bastante variedade nutricional, e outra grande vantagem de oferecer uma dieta caseira é que você pode comprar frutas e vegetais da época com preço mais em conta, bem como fontes protéicas (carnes), e mudar de tempos em tempos.

2. A segunda melhor alimentação que você pode oferecer para o seu animal de estimação é uma dieta crua comercial. Essa é uma alimentação crua que outra pessoa teve o trabalho de preparar.

É importante que essa dieta seja equilibrada, e você deve atentar para o fato de que existem dietas cruas chegando ao mercado sem comprovação de que são completas em termos de nutrição. Esses produtos, em geral, avisam no rótulo que são “Para suplementação ou oferta intermitente”.

Você sabe se o produto que você escolheu é equilibrado porque isso vem indicado na embalagem: ˜Essa alimentação é comprovadamente completa ou adequada em termos de nutrição para todas as etapas da vida“.

Até agora, essas dietas podem ser encontradas apenas nas seções refrigeradas de pet shops menores e mais sofisticadas – não nas redes varejistas. Você também encontra alguns desses produtos online.

3. Dieta equilibrada caseira e cozida. É a mesma alimentação que está no nº 1, só que cozida. Isso significa que parte dos nutrientes foi perdida pelo processo de cozimento.

4. Ração enlatada apropriada para consumo humano. Se a embalagem não indica que os ingredientes são apropriados para consumo humano, então não são. Ração feita com ingredientes apropriados para consumo humano é geralmente bem mais cara, o que também é um indicativo de você está comprando a coisa certa.

Essa é a dieta mais cara que você pode oferecer ao seu animal. O que eu digo para os meus clientes é: ˜Se você tem mais dinheiro do que tempo, você pode comprar ração de ingredientes apropriados para consumo humano. Mas se você tem mais tempo do que dinheiro, eu recomendo que você pepare uma alimentação caseira e balanceada na sua cozinha, por uma fração desse valor”.

5. Ração seca apropriada para consumo humano. Como eu disse antes, ração seca não é a melhor opção para uma dieta de alta umidade. Ser apropriada para consumo humano é importante, porque significa que a comida é própria – em teoria – para consumo humano, o que significa que não contém sub-produtos de baixa qualidade.

6. Ração enlatada super premium que pode ser encontrada em redes varejistas.

7. Ração seca super premium

8. Ração enlatada terapêutica. Rações terapêuticas são aquelas que podem ser adquiridas em clínicas veterinárias. As marcas mais comuns são Science Diet, linhas veterinárias da Purina, Royal Canin e Waltham.

9. Ração seca terapêutica.

10. Rações enlatadas de mercados.

11. Rações secas de mercado.

12. Ração em sachê semi-úmida. A razão pela qual esse tipo de ração está em uma colocação tão ruim é porque, para manter a comida semi-úmida, é adicionado um ingrediente chamado propilenoglicol. É um preservativo assustador, primo do etilenoglicol, um anticongelante. E, embora o propilenoglicol seja aprovado para uso em rações, não é saudável para cães e gatos. Eu não recomendo que você alimente seu animal de estimação com nenhuma comida que contenha esse aditivo.

[Nota do Papo de Gato: o propilenoglicol pode causar reações alérgicas inclusive em humanos, apesar de seu largo uso na indústria cosmética. (Fonte: http://revistadecosmetologia.com/detalhes_toxicologia.php?id=2) Além disso, seu uso está ligado também ao desenvolvimento de diabetes em animais de estimação (Fontes: http://www.homeopatiaveterinaria.com.br/otite_externa.htm e http://www.bichointegral.vet.br/nutricao/23-doencas-especificas/23-diabetes.html)]

13. Em última colocação na lista como a pior coisa que você pode oferecer ao seu animal de estimação está uma dieta caseira desequilibrada – crua ou cozida. Tenho visto um número crescente de donos de animais na minha clínica que acham que estão fazendo tudo certo se jogam um peito de frango e uns vegetais para o animal e dando o trabalho por encerrado.

Sim, essa comida é caseira – mas é desequilibrada em termos de nutrição. Animais alimentados dessa forma aparecem na minha clínica com anormalidades endócrinas, problemas ósseos e deterioração orgânica – resultado das deficiências de cálcio, oligoelementos minerais e ácidos graxos ômega.

De pior à melhor em um segundo

Se você sabe agora que está alimentando o seu animal com uma dieta caseira desequilibrada, existe uma maneira extremamente rápida e fácil de virar o jogo e ir para o topo dessa lista.

Tudo o que você precisa fazer é incluir ingredientes que vão balancear a capacidade nutritiva da dieta que vcê já está oferecendo ao seu cão ou gato. É o ajuste rápido e fácil que você precisa fazer para transformar a alimentação caseria desequilibrada em equilibrada.

Então é isso: essa é a lista completa das minhas recomendações quanto às melhores e piores alimentações para animais de estimação.

Se você descobriu que o que você serve está no final da lista, estabeleça a meta de se aproximar das primeiras colocações.

Se você já está no topo, parabéns! Você está fazendo a melhor coisa ao garantir uma nutrição apropriada para a espécie sob seus cuidados.

Se você quiser saber mais sobre a dieta caseira para seu animal de estimação, você pode encontrar mais informações e comprar meu livro aqui.

Maaaaanhêêê!

Mãe nem sempre é mãe: apesar do mito, tem muitas por aí que passam longe de merecer afagos e presentes em qualquer data. Mas quando mãe é mãe de verdade, não tem pra ninguém: é a melhor coisa da vida. Em homenagem às mães mais incríveis do mundo, o Papo de Gato indica o fofíssimo “ensaio” que o site TheFW preparou. A íntegra você encontra aqui, mas (só para criar aquele “aaawwwwn” coletivo) eis a foto da mamãe guepardo dando um trato no guepardinho:

Lambendo a cria

Lambendo a cria (crédito: TheFW)

Corre lá e acessa, porque está uma loucura.

Brincadeira arriscada

Todo mundo já deveria saber disso, mas só pra reforçar: animais selvagens não são brincadeira.

Parece óbvio, mas nem sempre isso é levado a sério – e por isso ainda vemos tantos turistas posando pimpões em parques ao redor do mundo ao lado de criaturas cujo instinto é incontrolável. São muitos os zoológicos (ou equivalentes) que oferecem a chance de tirar uma foto em meio a animais com cara de dopados – mas que, como a maioria dos visitantes pode atestar, não estão.

Em geral, o resultado é apenas uma imagem curiosa para mostrar aos amigos. O problema é quando o imponderável dá um ‘alô’ – o que aconteceu no fim do último mês de abril. Uma inglesa ganhou do marido um presentão de aniversário: uma viagem à África do Sul. Por lá, passearam bastante e fizeram a foto padrão com dois belos leopardos.

Antes do ataque (Crédito: Arquivo Pessoal)

Aqui ao lado, Violet D’Mello aparece feliz imediatamente antes de ser atacada pelos animais. Calma, ela sobreviveu – mas os registros feitos pelo marido na câmera pessoal do casal mostram, em detalhes, as mordidas e arranhões dos leopardos na turista. O responsável pelo parque disse que os animais foram criados desde filhotes no local por humanos e que estavam apenas brincando. Não duvido: se eles realmente estivessem dispostos a fazer a senhorinha de lanche, não teria sobrado muito dela para contar história. Isso, porém, não justifica o risco a que os visitantes se sujeitam, acreditando que se tratam mesmo de bichinhos domesticados.

Para quem quiser ver o registro do ataque, é só acessar a matéria original publicada pela versão online do jornal Daily Mail. As imagens não chegam a embrulhar o estômago, mas são intensas. Para quem não fala inglês e quer mais informações sobre o que aconteceu, o site da revista Marie Claire publicou uma notinha aqui.

Pra começar

“A internet é feita de gatos”

O verso vem de um vídeo divertidíssimo e atesta o óbvio: gatos são os reis da web. Cachorros são sucesso no cinema e na tv, mas, no terreno fértil da cibercultura, quem faz a festa são os felinos e seus humanos. Nada mais adequado que criar um blog para exaltá-los.

computer cat

(crédito: I Can Has Cheezburger)

Esse espaço é inspirado pelo fórum Papo de Gato, onde um bando de malucos de várias partes do país se reúne para dizer como seus gatos são lindos, fofos e tchutchucos. Se identificou? É só entrar e participar: todos são bem-vindos.

Por aqui, a ideia é falar de assuntos relacionados ao que envolve o mundo felino: saúde, dicas, notícias, informações importantes e as totalmente irrelevantes – se tiver um bichano, tá valendo. Outra forma de entrar em contato é pelo nosso twitter. Porque gostamos de ser assim, conectados. Afinal, não se esqueça: a internet é feita de gatos.